Que o Sport Club Internacional é um dos gigantes brasileiros no futebol, isso todo mundo sabe, apesar de nos últimos anos não vir a conquistar títulos expressivos ou nenhum nos 11 anos que se passaram até hoje.

Mesmo assim, segue sendo um clube com história gloriosa, de muitos títulos, entre eles o Mundial de Clubes da FIFA, conquistado no ano de 2006, no Japão, ao derrotar o Barcelona de Ronaldinho Gaúcho e Cia.

Com essa introdução, quero aqui fazer a ti uma pergunta: Você sabe me dizer como surgiu o Sport Club Internacional?

Acredito que muitos saibam e outros tantos não, para esses é que vamos aqui nesta matéria contar como surgiu "o Colorado das Glórias".

Tirado do site oficial do clube, iniciaremos a contar esta história do futebol brasileiro para você:

Sport Club Internacional

1909 - Sua origem

O nome Internacional está ligado à integração entre os povos de diferentes nacionalidades e raça. Sempre lembrando que já existiam outros clubes na capital gaúcha naquela época, mas ligados, sobretudo a descendentes de alemães e por esse modo que o Inter surgia para abrir as portas para as demais etnias.

Desta forma, os irmãos Henrique Poppe Leão, José Eduardo Poppe e Luiz Madeira Poppe que chegaram a Porto Alegre em meados dos anos 1900 - época essa que o futebol estourava no Brasil, estabelecendo-se na região da Ilhota, antigo bairro humilde e de forte influência colorada, decidiram então criar outro clube na região, um clube que não discriminasse as demais origens que viviam na capital.

Com grande aceitação, o campo da Rua Arlindo - atual Praça Sport Club Internacional, que abrigara os primeiros treinos da equipe e posteriormente as partidas da Liga Canela Preta, onde revelaria um das lendas Coloradas, aqui nos referindo ao craque Tesourinha, não serviria mais, uma vez que as constantes enchentes que assolavam o bairro atrapalhavam os treinos e os jogos.

Assim, o Inter trocaria de sede, migrando em 1910 para o Campo da Várzea, atual Parque da Redenção, onde ali permaneceria por apenas dois anos, vindo em 1912 migrar mais uma vez, partindo desta para a Chácara dos Eucaliptos - uma área que fora alugada de frente para a Rua Azenha, no início da José de Alencar, sendo esse o primeiro local exclusivo de jogos do Sport Club Internacional.

Como diz nos históricos do Inter e no próprio hino, ali se iniciava a primeira "senda de vitórias" do Clube do Povo, que vira a vencer o Campeonato Citadino por cinco anos consecutivos, entre 1913 a 1917.

1920 - Divisor de águas

Já em 1920, essa década ficou marcada como um divisor de águas para o clube vermelho e branco. Com um crescimento acima do esperado nos primeiros anos, o Inter começava ali a passar por dificuldades, dentro e fora dos gramados, com poucos títulos e com problemas financeiros, os colorados por muito pouco não ficaram mais uma vez sem sua casa, vivendo com a tensão de extinção do clube.

Com medidas urgentes para salvar o Clube do Povo, os colorado aguerridos como sempre, deram a volta por cima e fortaleceram a marca, vindo a vencer seu primeiro estadual sete anos depois, em 1927, onde então encaminhou a construção de sua primeira sede própria; o Estádio dos Eucaliptos, que abriria de vez as portas para atletas de outras liga, como a da Canela de Prata.

Inaugurado em 1931, agora já com terreno em seu nome e com o Estádio dos Eucaliptos, localizado no bairro Menino Deus, viria a receber muitas das glorias históricas; isso sem falar do crescimento do clube no sul do Brasil.

O jogo inaugural da casa colorada foi com vitória, donde o Inter venceu por 3 a 0 o seu maior rival na história; sim, estamos falando do Grêmio.

Denominado Clube do Povo, o Inter que lá em seus primeiros anos já havia aberto suas portas para as classes mais humildes, se viu ainda mais abraçado por essa parte da sociedade gaúcha, não somente nas arquibancadas, como também em campo.

Nesta época, surgiriam craques como: Sylvio Pirillo e Tupan, onde o Inter começaria ali mesmo a criar o lendário Rolo Compressor.

1938 - Profissionalização do futebol

Em 1938, com a profissionalização do esporte no Rio Grande do Sul, o Inter veio mais uma vez a golear o Grêmio, desta vez por 11 a 0, resultado esse que viria a ser reduzido para 6 a 0, pois na época não podia se admitir um resultado desses em um clássico, segundo o próprio árbitro da partida, Álvaro Silveira.

1940 - Primeira década dourada

Vinte anos após quase fechar as portas, o Internacional em 1940 marcava ali a essência do coloradismo, onde nesta época ídolos como Tesourinha e Carlitos eram supremos em GreNais, com os Eucaliptos lotado de torcedores que também marcaram sua história no Clube do Povo, bem como Vicente Rao e Charuto.

A supremacia colorado com o Rolo Compresso naquela época foi tamanha, que o clube conquistou oito estaduais em 10 anos, onde pela primeira vez na história do Rio Grande do Sul um clube de futebol seria hexacampeão gaúcho.

1950 - A sequência do Rolo Compressor

Já em 1950, a "senda de vitórias" prosseguia pelos lados dos Eucaliptos, com jogadores como Bodinho, Larry, Salvador, Chinesinho, Milton Vergara, Oreco, Florindo e tantos outros.

Nesta mesma década, o Inter representou a Seleção Brasileira de Futebol, nos jogos Panamericanos de 1956, vindo a conquistar o primeiro título do país em solo estrangeiro.

Ainda nos anos 50, dois anos antes do Clube do Povo representar o Brasil fora de seu território, na inauguração do Estádio Olímpico o Colorado aplicaria outra goleada histórica no Grêmio, vencendo o seu principal rival por 6 a 2, com quatro gols de Larry - um dos maiores artilheiros do Inter na história.

1960 - Nasceria um gigante

Com novo crescimento, como nas duas décadas passadas e com domínio regional, os dirigentes do Inter acreditavam que seria a hora de alçar novos voos, onde para conquistar algo maior que o estadual, precisaria um time mais qualificado e uma estrutura a altura, onde assim nasceria o projeto "Gigante da Beira-Rio".

Mesmo em alta dentro de campo, os recursos eram escassos e assim o Inter montou uma excelente equipe com os meninos Bráulio, Dorinho e Pontes, que logo em suas primeiras partidas em competições nacionais, como por exemplo o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, ajudaram o Inter a realizar uma grande campanha, chegando a fase final, finalizando a competição com o vice-campeonato, perdendo para o Palmeiras de Ademir da Guia; repetindo o feito no ano seguinte, onde desta vez perdeu o título para o Santos de Pelé.

Ocupando seu espaço entre os maiores clubes do Brasil, o Estádio dos Eucaliptos não suportava mais o tamanho que o clube havia conquistado nos últimos anos, assim, em 6 de abril de 1969 o Sport Club Internacional finalmente viria a inaugurar a sua nova casa, o Gigante da Beira-Rio, com a partida de estreia diante do Benfica - de Portugal; vencendo pelo placar de 2 a 1. Vale lembrar que o time português na época era o principal dentre todos na Europa, contando com a lenda Eusébio.

No entanto, os portugueses não contavam com um jovem colorado, de apenas 18 anos, que passaria a partir de então a brilhar e a se tornar um dos maiores nomes na história do Internacional; estamos falando do ídolo Claudiomiro, que marcou o primeiro gol do Beira-Rio.

1970 - Força Colorada

Com casa nova, foi na década de 70 que o Inter mostrou definitivamente ao Brasil qual equipe era a maior do sul do país, onde em uma década dourada e com a colaboração de seus torcedores, cravou sua bandeira no topo mais alto do futebol nacional.

Nesta mesma década o Internacional viria a conquistar três títulos brasileiros, em 1975, 1976 e 1979, onde ainda surgiriam craques como Falcão, Figueiroa, Valdomiro, Carpegiani e Jair.

1980 - Década de dessabores

Mesmo montando elencos com alguns jogadores talentosos e conseguir bons resultados, o Colorado acabou batendo na trave em torneios mais importantes, bem como a Libertadores de 1980, Brasileirão de 1987 e a extinta Copa União de 1988, quando ficou com o vice-campeonato.

Porém, conquistas vieram, mas de menos expressão como o Troféu Joam Gamper - conquistado sobre o Barcelona de Maradona.

A década de 80 também serviu para revelar novas estrelas, como o goleiro Taffarel e Dunga - campeões do Mundo em 1994 e os craques Luis Carlos Winck, Aloisio e Pinga.

Em 1989 não podemos esquecer o Grenal do século, que fora jogado no dia 12 de fevereiro daquele ano, aonde o Inter viria a vencer o seu rival com 10 jogadores em campo, com dois gols do centroavante Nilson, após o colorado ter saindo perdendo.

1990 - Anos de resistência

A década de 90 para os colorados foi sofrível e representou anos de resistência e paixão de seus torcedores, apesar dos títulos estaduais de 1991, 1992, 1994 e 1997 e da conquista inédita da Copa do Brasil de 1992; isso sem esquecermos a goleada de 5 a 2 aplicada mais uma vez sobre seu principal rival, com show do atacante Fabiano.

Foi os anos 90 que mostraram ao Inter que precisava mudar e assim o fez ao entrar no novo milênio.

2000 - Década mágica

O início dos anos 2000 para os Colorados foram inesquecíveis, uma vez que o clube passou a dominar a América e o Mundo, com as conquistas da Libertadores de 2006 e 2010 e do Mundial de Clubes da FIFA conquistado em Tóquio - no Japão no ano de 2006.

Esta era, também ficou marcada por uma geração inesquecível e vencedora, que eternizou Fernandão - capitão da camisa 9 e outros nomes com Índio, Tinga, Rafael Sobis e outros tantos.

2010/2020 - Anos de renovações

Se os dez primeiros anos de 2000 foram de glórias para os colorados, a partir da bicampeonato da Libertadores o Inter se vê em anos de remontagem, de reformulação, principalmente após o ano de 2016, quando o clube fora rebaixado a Série B do Campeonato Brasileiro e desde então tenta incessantemente voltar as glórias, algo quase atingido em 2020, quando fora vice-campeão Brasileiro.